Estou com o Henrique nisto (aqui e aqui), com a diferença de que já tenho o bilhete de comboio comprado e coisas para fazer no Porto.
Aqui há uns tempos pus-me a ver com os putos, numa daquelas nossas sessões de pá-querem-ver-um-filme-daqueles-de-quando-eu-era-puto-sim-é-a-cores-ai-a-porra-mania-que-são-engraçadinhos, o Academia de Polícia. É um filme parvo e divertido, mesmo bom para um domingo. A dada altura, há uma festa na praia — uma fogueira, guitarras, cerveja, pessoas a dançar — e, no meio daquela gente toda, uma miúda em topless. Se fosse um filme feito hoje, essa imagem não passaria (andamos a no passaran as coisas erradas, parece-me). Chateia-me muito este puritanismo serôdio, como lhe chama o Henrique, esta vergonhinha da mama, da pila, do corpo — sobretudo feminino. Esta imposição, higienização e demonização, com objectivos não muito claros, levadas a cabo primeiro pelos facebooks e instagrams desta vida e, agora, espelho meu, espelho meu, pela sociedade em geral.
(outra nota: também vimos o Big, com o Tom Hanks. Na cena do piano na loja de brinquedos, dei por mim a pensar «hm, hoje em dia, naquela cena, toda a gente estaria de telemóvel em punho a filmar aqueles dois aos saltos».)
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