08/06/2017

+ + António Reis + +

Devo muito ao Olímpio (muito, mesmo)*. Entre outras coisas, ele costumava, quando estávamos a trabalhar (na Bulhosa do Campo Grande, 98/99), volta e meia sacar de um livro e «epá, tens de ler isto» (e ficava com aquele seu sorriso malandro).
Bum! Inevitavelmente, era sempre Bum!
Respigava sempre o melhor em tudo.
Um dia mostrou-me estes poemas, sabia lá eu quem era o António Reis ou, sequer, que tinha escrito e era cineasta. Transcrevi-os para uma folhinha merdosa de papel, folhinha essa que me tem acompanhado em todas as mudanças de casa (e foram muitas) e que está, neste momento, apoiada na estante, encostada aos meus cadernos. Volto a eles com frequência. E tive de voltar a eles, com muito prazer, em trabalho: vamos reeditar os Poemas Quotidianos lá na chafarica onde passo os dias a alinhar letras em páginas (há trabalhos piores :) )



 + + António Reis + + 

* Não será esta uma conversa para se ter aqui, mas sim à volta de uma mesa de café, com fumo e cerveja e amigos. 

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